livros que tratam da temática racial

Esse é “imprescindível em uma biblioteca escolar antirracista”, segundo Janete Ribeiro. A obra traz produções de 27 mulheres negras de diferentes perspectivas. “Mulheres múltiplas e diversas, culturalmente, geograficamente e socialmente que trazem nos textos testemunhos sólidos de que ‘nossos passos vêm de longe’ e que o movimentar das mulheres negras é fundamentalmente eficaz no lapidar de outro mundo possível com base no bem viver e na generosidade coletiva.

Dividido em seis grandes grupos – filosofia, religião, política, economia, artes e ciências –, este livro apresenta os conceitos básicos por trás de cada tema. Em filosofia, por exemplo, aborda diversas correntes do pensamento e alguns dos conceitos criados para dar conta dos grandes dilemas humanos. Já em religião, discute questões básicas e movimentos como o fundamentalismo e o criacionismo. A parte dedicada à política é a maior porque engloba todo tipo de movimento: do liberalismo ao racismo.

Numerosas personagens compõem as metamorfoses sofridas por Malcolm Little, o franzino filho de uma família de negros pobres nascido numa pequena cidade do Centro-Oeste americano, até sua conversão decisiva em Malcolm X, o religioso muçulmano e incendiário combatente da revolução mundial que morreu como apóstolo da paz entre os povos.

Mais importante obra de Angela Davis, Mulheres, raça e classe traça um poderoso panorama histórico e crítico das imbricações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta antirracista e a luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. O livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe.

Preto, gordo e cafajeste, formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares. Era assim que Tim Maia o cantor que integrou o soul e o funk aos ritmos brasileiros se definia. A partir de uma pesquisa assombrosa e de uma intensa convivência com Tim Maia, o jornalista e produtor musical Nelson Motta conta, no ritmo irresistível do rei do samba-soul, a sua história de som, fúria e gargalhadas.

"Doze anos de Escravidão' narra a história real de Solomon Northup, negro americano nascido livre que, por conta de uma proposta de emprego, abandona a segurança do Norte e acaba sendo sequestrado e vendido como escravo. Durante os doze anos que se seguiram ele foi submetido a trabalhos forçados em diversas fazendas na Louisiana.

É o 1º livro da série O legado de Orïsha, uma aventura com tudo o que temos direito: lutas, magia, reis, animais estranhos e… divindades inspiradas nos orixás. É isso mesmo: deuses negros. Um mundo imaginário governado por um rei que varre do mundo a magia, e com ela seus guardiões, os maji. Essas mulheres e homens têm poderes que compartilham com seus deuses-irmãos, cujos nomes não são estranhos ao público brasileiro: Oya, Iemanjá, Xangô, Oxumaré, entre outros.

É uma história sensacional de uma mulher que tinha tudo para ser ‘nada’ e se tornou um pilar, com sua força e sensibilidade. Celie representa uma época onde a condição dos negros e principalmente das mulheres era extremamente desfavorável. Nesse contexto, Alice Walker descreve o racismo nos Estados Unidos, a condição inferior das mulheres na sociedade machista, e a degradante condição de uma mulher pobre e negra nessa sociedade. Todas as desgraças e humilhações a que uma mulher, negra, pobre...

A emocionante história da garota que conquistou o mundo do xadrez. Nascida e criada em uma das favelas mais miseráveis da África, Phiona Mutesi chamou a atenção do mundo todo ao se tornar campeã nacional da Uganda com apenas quatorze anos de idade. Com essa vitória, teve a chance de competir nas Olimpíadas de Xadrez, o evento de maior prestígio do jogo. Lá, foi uma das primeiras mulheres de seu país a ganhar o título de Mestra do Xadrez.

A história do maior guitarrista de todos os tempos contada por ele mesmo em um livro de memórias íntimo, divertido, crítico, poético e musical.

"Quando era menino, Alex Haley ouviu muitas vezes a avó contar a história do antepassado africano que saíra um dia para cortar um tronco na floresta perto de sua aldeia, a fim de fazer um tambor, quando foi subitamente agarrado por quatro homens, acorrentado e levado como escravo para a América. Kunta Kinte era o nome desse antepassado, que fez questão de contar à filha como era a sua vida na África, único meio que encontrou de não perder a identidade na terra dos homens brancos...

1º lugar na lista do New York Times. Uma história juvenil repleta de choques de realidade. Um livro contra o racismo em tempos tão cruéis e extremos Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial. Não faça movimentos bruscos. Deixe sempre as mãos à mostra. Só fale quando te perguntarem algo. Seja obediente. Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras.

"Ayaan Hirsi Ali atraiu atenção mundial com o livro de memórias Infiel, que ficou 31 semanas na lista de best-sellers do New York Times e conta sua infância e adolescência na Somália, na Arábia Saudita, na Etiópia e no Quênia sob o rigor do islamismo, até chegar à Holanda, onde se tornou uma das principais críticas do islã e defensora dos direitos das mulheres. Agora, em Nômade, ela narra sua mudança para os EUA em busca de uma nova vida, longe dos islamitas europeus que a ameaçaram de morte.

RACISMO. ABUSO. LIBERTAÇÃO. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida.

O autor de Elite da tropa escreve sobre as mazelas, os desafios e o lado sombrio do Rio de Janeiro. “Rio de Janeiro” é um retrato impactante das desigualdades, do racismo, da degradação da política, da violência do Estado e do ódio que se derrama sobre a cidade, colocando em risco a beleza exuberante do eterno cartão-postal do Brasil. O antropólogo Luiz Eduardo Soares, autor do livro que inspirou o filme Tropa de Elite, conhece o Rio de Janeiro como poucos.

Nesta obra de fôlego, o renomado historiador Francisco Bethencourt mostra as formas de racismo que precederam as teorias de raça, observando-as no contexto de hierarquias sociais e condições locais. O argumento é de que a prática discriminatória, em suas várias modalidades e aspectos, foi sempre provocada por projetos políticos de monopolização de recursos.

Herança africana legada à cultura brasileira, o jogo da Capoeira significa valioso contributo à formação da nossa identidade cultural. Neste livro, Camille Adorno estabelece os caracteres delineadores da Capoeira, propiciando uma oportunidade de iniciação à arte. Na leitura desse tema ampliam-se as possibilidade de compreensão da nossa história, onde se insere a Capoeira e que preservou a lembrança das lutas sociais que forjaram a cidadania brasileira.

Reúne artigos sobre questões urbanas e racismo, de pesquisadores e pesquisadoras, negros e negras, nos coloca diante da contradição entre a amplidão e multiplicidade de desdobramentos possíveis da temática e, de outro lado, a escassez de oportunidades acadêmicas para seu desenvolvimento por pesquisador@s negr@s. Fonte: https://www.abpn.org.br/colecao-negras-e-negros

O objetivo desta publicação é apresentar um painel dos estudos, pesquisas e empreendimentos nas fronteiras da mídia e das relações raciais no Brasil. Mídia e racismo integra um conjunto de publicações produzido pelas instituições mencionadas, orientado pela necessidade de sistematização dos trabalhos destinados a transpor as assimetrias raciais em diversas esferas. Fonte: https://www.abpn.org.br/colecao-negras-e-negros

Este livro é resultado do I Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros, na Univ. Federal de Pernambuco (de 22 a 25-nov-2000). O tema do congresso foi “O negro e a produção do conhecimento: dos 500 anos ao Século XXI”. Um dos encaminhamentos definidos na assembleia final do evento foi a definição de criar áreas de especialidades, que seriam responsáveis por organizar mesas redondas, conferências e a seleção de trabalhos. Fonte: https://www.abpn.org.br/colecao-negras-e-negros

Examina a negação do racismo contra o negro na França, tendo sua primeira edição, em português, em 1963. É um clássico do pensamento sobre a diáspora africana, sobre a descolonização, a arquitetura psicológica, a teoria das ciências, a filosofia e a literatura caribenha. Analisa o axioma que causou grande turbulência nas décadas de 60 e 70: como a ideologia que ignora a cor pode apoiar o racismo que nega.

Em dois volumes, mostra formas variadas de viver, denunciar e enfrentar a opressão e as desigualdades raciais e de forjar laços de pertencimento e identidades ou estratégias para afirmar direitos e ampliar a cidadania antes e, sobretudo, após a abolição da escravidão. Obra que atende à reivindicação dos movimentos sociais negros do Brasil em prol do direito à memória, à história, à preservação e à valorização de seus bens culturais produzidos no contexto da diáspora.

Em dois volumes, mostra formas variadas de viver, denunciar e enfrentar a opressão e as desigualdades raciais e de forjar laços de pertencimento e identidades ou estratégias para afirmar direitos e ampliar a cidadania antes e, sobretudo, após a abolição da escravidão. Obra que atende à reivindicação dos movimentos sociais negros do Brasil em prol do direito à memória, à história, à preservação e à valorização de seus bens culturais produzidos no contexto da diáspora.

Em Nem preto nem branco, muito pelo contrário, a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz revela um país marcado por um tipo de racismo muito peculiar – negado publicamente, praticado na intimidade. Para isso, volta às origens de um Brasil recém-descoberto e apresenta ao leitor os primeiros relatos dos viajantes e as principais teorias a respeito dos “bárbaros gentis”, desse povo sem “F, sem L e sem R: sem fé, sem lei, sem rei”, teorias estas fundamentais para o leitor moderno entender a complexidade..

O objetivo geral desta obra é analisar o contexto e os resultados da Conferência Mundial de Durban contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Correlata. Especificamente, seu objetivo é avaliar a atuação diplomática brasileira durante o processo de preparação para a Conferência, negociação e elaboração de seu documento final e seguimento por parte dos mecanismos instituídos no âmbito das Nações Unidas.

O combate ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e à intolerância está na origem da criação da Organização das Nações Unidas. Produto de um mundo marcado pela experiência trágica da mais extrema das modalidades de discriminação – o genocídio -, a ONU introduziu a linguagem dos direitos humanos na agenda internacional.

Unicef "Seria possível uma infância sem racismo? Seria possível termos todas as crianças de até 1 ano de idade sobrevivendo? Seria possível um Brasil com todas as crianças – sem faltar nenhuma delas – tendo seu nome de família assegurado no registro civil de nascimento? Seria possível termos todas as crianças – sem faltar nenhuma delas – com acesso a educação integral? Seria possível termos todas as crianças livres dos efeitos da discriminação racial?"

Segregação urbana e racial em São Paulo Maria Nilza da Silva "A questão de que este trabalho se ocupa é a inserção e a sociabilidade dos negros, na cidade, no bairro, no ambiente construído em que vivem, numa tentativa de pensar onde e como esses aspectos se processam. Ao pensar esses elementos surgem algumas questões: será que na periferia, ou nos locais onde a população negra está proporcionalmente mais representada, a experiência da sociabilidade é mais fácil, ou ao contrário...

Um romance surpreendente que mistura memória, imaginação e crítica social com humor e leveza na medida certa, mas que também discute temas atuais e fundamentais como racismo, feminismo, identidade e pertencimento. Esta é a história de uma menina que chegou em Lisboa, aos três anos de idade, saída de Luanda, na África, e das suas memórias ao longo do tempo – porque não somos sempre iguais aos nossos retratos de infância –, mas é também a história das origens do seu cabelo crespo.